quinta-feira, 26 de maio de 2011

Começando com o pé esquerdo

Há um bom tempo venho querendo escrever isso aqui - para ser mais exata, praticamente um ano! Relutei por vários motivos. Primeiro, porque queria ter um bom acúmulo de conhecimento, pelo menos o suficiente para escrever algumas coisas com um mínimo sentido. Isso nos leva ao segundo motivo: tinha (na verdade, ainda tenho) muito medo de recair em mentalismos e/ou senso comum. As leituras de alguns livros básicos sobre o Behaviorismo me deram mais confiança quanto a isso, principalmente depois de ler o que Skinner fala sobre o uso de expressões mentalistas no nosso cotidiano, enxergando como algo inegavelmente útil, ainda na falta de um vocabulário comportamental mais apropriado. E, por fim, chego ao terceiro motivo. Bom, eu costumava escrever bastante. Após entrar na faculdade, muitas coisas interessantes se incorporaram ao meu repertório comportamental, mas, ao mesmo tempo, ainda não me sentia apta para falar adequadamente sobre elas. Não posso dizer que me sinto apta agora, enfim. Acontece que me parece uma necessidade falar sobre comportamento, sobre ciência, sobre cultura e até mesmo sobre a tão mal-interpretada liberdade. Falar sobre homem, humanidade, humanização... nada disso é fácil. Séculos e séculos se passaram, muito foi falado, mas muito pouco foi colocado em prática em relação à melhorias no nosso modo de vida, e tecnologia para isso é o que não falta. Sei que ainda li pouco, me dediquei pouco, sei pouco, mas estou disposta a tentar entender e tentar fazer com que os outros entendam o que é behaviorismo. Inicialmente, quero mesmo só entender e usar esse espaço para me expressar, porque de algum modo ainda desconhecido, me parece bastante reforçador expor minhas opiniões. Mesmo que seja para público nenhum.